Calar o que não pode ser dito
Criar o que não pode ser feito
Despertar do sono perpétuo
Quem não se invoca a esmo

Chorar pelo já derramado
Aos gritos pra se fazer silêncio
Ser o que é de todo indigesto
Inebriado num casulo de sangue

De volta ao ralo
Pro qual a todos leva
Pra sina da necrose que espera

Ao ralo
Pra onde se igualam os homens
Ao dejeto do já consumido

E ao refugo se retorna à tona
Pra sede e fome aplacar
Retorna condenado à cova
Da ruína que se resta