A solidão fez abrigo
Em meu coração que chora
Aumenta mais o castigo
Quando vem rompendo a aurora
Tem vezes que eu consigo
Sorrir da boca pra fora
Porém da boca pra dentro
Só eu seu o sofrimento
Que estou passando agora
Oi mulher, não seja ingrata
Venha tirar do meu peito
Essa dor que não tem jeito
Essa paixão que me mata
A tristeza é meu guia
Me acompanha vida afora
Seu desprezo me judia
Me maltrata, me apavora
Em nossa casa vazia
Felicidade não mora
O prazer da minha vida
Eu perdi na despedida
Quando você foi embora
Oi mulher, não seja ingrata
Venha tirar do meu peito
Essa dor que não tem jeito
Essa paixão que me mata
O seu coração sem dono
Por capricho me ignora
Deixando no abandono
Quem te ama, quem te adora
Em minhas noites sem sono
A saudade me devora
Em meu leito abandonado
Amanheço acordado
Suspirando a toda hora
Oi mulher, não seja ingrata
Venha tirar do meu peito
Essa dor que não tem jeito
Essa paixão que me mata
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)