Moleque cresceu a vida encarou, foi atrás de um trampo,
Mas não encontrou, viu a porta aberta logo se jogou,
O crime recebeu com todo calor, tem carro do ano,
Corrente de ouro, grana no bolso e o conceito com o povo,
Moleque sinistro com a farda do mal,
Mas seu coração é bom no final, ajuda as famílias,
Da roupa comida, alegria de ver todas bem e unidas,
Os bota invade e corta a brisa,
Mas há proteção da cintura a barriga.
Bem posicionado e pronto pro ataque,
Se eles vier pra cima parceiro,
Vão tomar cheque-mate,
É sangue no olho terror da nação,
Usa da mente, usa da razão, maquina alucina,
Mexe com as mina, impõe respeito, chama atenção,
Conhece um por um, de cada viela de cada lugar da quebrada
Irmão, fortalece as tias, incentiva os estudos,
É ligeiro é esperto, sabe um pouco de tudo.
Adora a vida e quer aproveitar, prefere a paz,
Mas pronto pra guerra está,
Moleque maloca tá nem ai, não se importa,
Quer se divertir, mesmo na fuga dos botas,
Sabe como é, não é zé mané,
É sangue e fecha onde deus quiser,
Tem sua fé com a cruz no pescoço,
Mas ela é sem cristo pois ele não está morto.
Lhe chamaram pro bang, um assalto a banco,
Avisou sua coroa ela fico em pranto,
Prometeu que era o último e pediu pra ela orar,
Dizendo que depois desse ia parar, no dia e hora marcada,
Ele tava na área, trombo os parceiro pra fazer a parada,
Quase tudo certo mas não sabia
Que a policia ia dar o bote nesse dia.
Entro no banco boto pânico, terror,
Encheu os malote e muita grana ainda faltou,
E na hora da fuga com a macaca sob a blusa,
Ouviu ordem que vinha da farda cinza escura,
Não tinha pra onde correr, não onde se entocar,
Sacou a macaca e começou a disparar,
E na troca de tiro foi baleado,
A sorte é que deus já tinha tudo preparado.
Tudo para ele poder se regenerar, uma bala o acertou,
E o fez chorar, pediu perdão
Por todos os seus erros e acordou no hospital
Com o cateter passando entre os dedos.