Um tangido de guitarra
cortando versos ao meio
e uma potrada gaviona
pra o serviço dos arreios

Domador pé-ligeiro
aperta cinha e bocal
sem desgarrar da parceira
afinada mal e mal

Potro mal começado
troca a orelha e renega
índio que não é ginete
come tufos de macega

Domador e guitarreiro
tëm uma senha em comum
levam sonhos de tiro
arrucinados um a um


E os dois seguem tenteando
até que a lida termina
o potro náo gambeteia
e a guitarra não desafina