Meu rio que vens de longe
vi-te pequeno em Toledo
e agora que estás tão perto
vejo-te enorme, cheio de medo


A qual mar é que vais dar
a qual barra do meu tempo
que põe entre nós e o mar
este caudal de sofrimento


Meu farol, minha água, meu Tejo
meu braço de mar
além de ti há um Sol que não vejo
Alentejo a cantar


Passei mundos, vi rios e frios
que passaram sem fim
tive medo das águas dos rios
das nascentes de mim


Aquém Tejo é que me vejo
além Tejo é que me sinto
sou aroma de poejo
vindima de vinho tinto


Vivo tão perto da mágoa
amando em palha moída
que troco por um fio de água
a mulher que fora minha


Alentejo, meu canto, meu pranto
meu estio sem fim
além tenho tão duro um pedaço
de vida ruim


É de longe que vêm as águas
que choro por ti
Alentejo meu berço de mágoas
tão dentro de mim


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