Palavra Indigesta



O pecado que eu mato não julga
A cor que tem minha culpa
Sorrisos sentados me insultam
Me tratam como vida conjunta

O rastro tem cheiro tem infância
Pra traz só ficou a lembrança
Se apressa e me inventa um insulta
Me chama de uma vez de maluco

A não ser que haja com desdém
Me convencer o papo de alguém
Não tenho que pensar em ninguém
Castigo vem de muito além

Almejar o que ta alto
O chão é o passo do meu destino
A culpa que a vida empresta
Tem sabor de palavra indigesta

Virtude é falsa não engana
Olfato é farsa insana
Olhares fedem a verdade
Remédio certo pra sua maldade