Fita embolada virá cantará raiz brasileira
Uma pedra na baladeira ligeira a disparar
Abrirá as mãos pra arar reparar o que já foi feito
Eu vim foi pra fazer direito rapadura ceará
Vou girando a engrenagem moendo o peso a bagagem
Concretizando a mensagem de um doce sem embalagem
Se afastem me dê passagem viagem sem estiagem
Derramo água abordagem cresce a folhagem a pastagem
Vou plantar cana pro mel fazer batida pro céu
Dessa boca do mundo ao léu a cana de açúcar é o pincel
Cordelista é menestrel repentista não usa papel
No improviso um filho fiel quando canto, arranco chapéu
Trabalho duro eficaz matérias primas rurais
Mãos que agarram ideais fazem mais que os canaviais
Pra tirar todo melaço traço o cangaço, em cantigas
Não faço como esses falsos encalços de peças gringas
Fizeram suas mix tapes banquetes da importação
Eu trouxe a fita embolada cocada de inovação
Criação nossa da roça é nordeste na produção
Rapadura, primeiro pro povo depois pra exportação
Melaço a preparar, bagaço se espremerá
Caldo de cana fará fita embolada do engenho
Rapadura ceará, o doce que Deus dará
Mais duro que o seu jabá fita embolada do engenho
Melaço a preparar, bagaço se espremerá
Caldo de cana fará fita embolada do engenho
Rapadura ceará, o doce que deus dará
Mais duro que o seu jabá fita embolada do engenho
Matuto do ceará é muito ar pra seus pulmões
Não podem me azedar com esses caminhões de limões
Há muito tempo eles dizem que não há rap em sertões
Por que temos vozes violões e eles só têm os botões
Eles não esperavam uma aparição repentina
Uma apuração clandestina uma duração tão continua
Uma premiação nordestina inspiração pra auto-estima
Num é demonstração de rima é o que vem de baixo pra cima
Obra prima do compromisso um ofício de anos e meses
Mais brasileiro que isso só se for isso mais vezes
Original por demais, Chico faz nacional demais
Por canais mais artesanais é o que traz vergonha aos iguais
Vou meter o norte nordeste aonde vocês num chegaram
Num itinerário contrário do que vocês desenharam
O rap rural estranharam ficaram sem oxigênio
Quando chegou rapadura e a fita embolada do engenho
Melaço a preparar, bagaço se espremerá
Caldo de cana fará fita embolada do engenho
Rapadura ceará, o doce que deus dará
Mais duro que o seu jabá fita embolada do engenho
Melaço a preparar, bagaço se espremerá
Caldo de cana fará fita embolada do engenho
Rapadura ceará, o doce que deus dará
Mais duro que o seu jabá fita embolada do engenho
Fita embolada do engenho preparo as mãos pra arar
Fita embolada do engenho rapadura ceará
Oxe, oxente é arrente é arrente
Oxe, oxente é arrente é arrente
Oxe, oxente é arrente é arrente de novo
Rapadura na boca do povo
RAPADURA NA BOCA DO POVO
Eu trago o alimento a todos vocês
Um sentimento em firmamento que o tempo assim fez
Não foi talento nem momento foi o fundamento de dentro
Cortando o vento cinzento do centro inté minha vez
Nem mainha esperava que eu chegasse aqui,
Trouxe algo que É motivo de orgulho daqui
é a prova de Determinação superação interação direção
Identificação expansão extensão
Enxada na mão, com pulmão
defendo os irmãos do meu sangue
Das quebradeiras de coco aos catadores do mangue
Pelos os estados que aqui passei por inteiro me dei
Verdadeiro, alcancei a boca do povo alimentei
Sempre dando o meu melhor sem ter dó de gastar suor
Arrastando terra com pó não há nada que me der nó
Não tô só tô com os estados que me apoiaram em renovo
Que me trouxeram de novo rapadura na boca do povo
Ceará rapadura na boca do povo,
Pernambuco rapadura na boca do povo
Paraíba rapadura na boca do povo
é rapadura povo é com arrente povo
Amapá rapadura na boca do povo,
amazonas rapadura na boca do povo
Acre rapadura na boca do povo é rapadura povo
é com arrente de novo
Alagoas, maranhão, rapadura na boca do povo,
Piauí, rio grande do norte, rapadura na boca do povo
Sergipe, Bahia. Rondônia, rapadura na boca do povo,
Roraima, Tocantins, Pará, rapadura na boca do povo