No 1º dia só havia o vazio
No 2º dia foi que a terra surgiu
No 3º dia Deus o mundo moldou
No 4º dia ele então o povoou
E no 5º dia sua luz fez jorrar
Para no 6º dia a todos abençoar

Mas no 7º dia ele então descansou
No seu trono sagrado foi onde se sentou
E apesar da grandeza, de todo o seu poder
Ele estava com fome, precisava comer

Para os deuses menores, ele pediu assim
"Tragam muito alimento, tragam tudo pra mim"
E por meses e meses o alimento chegava
Mas a fome divina ele não saciava

Foi então que um anjo negro da neblina surgiu
Estava envolto em mantos com um sorriso sombrio
Retirou o capuz e o silêncio invocou
E entre deuses calados foi que ele falou:

"Com o martelo dos anjos e o poder do trovão
Na bigorna de Hades será forjado o pão
E com carne suína o rechearei
Mas no fogo do inferno é que eu o assarei
O tempero com fé, com amor e paixão
Essa estranha comida que chamei de DOGÃO"

O dogão do estranho, deus com fúria rangou
Degustado o alimento, foi que ele falou:
"Que és tu, ó estranho, só me fale seu nome
Pois com tua comida saciei minha fome"

"Só me chame de Amyuka, um nome de poder
Aquele que com Dog faz os outros comer"
E assim foi embora, o anjo negro formoso
E Deus novamente se sentiu poderoso