Dizem que a Lapa é malvada,
Que ela tem cara de ruim como quer.
Falam por toda a cidade
Sem terem verdade,
Nem sabem por quê.

Contam as suas histórias
De luta sem glória
Que a fama criou.
Só sabem ver a maldade
Da lapa de outrora
Que o tempo levou.

Eu, que também sou da Lapa,
Sei que ela tem seu perdão.
Porque o malandro de hoje
Vive de sonho e ilusão.
E leva a vida cantando,
Dançando ao compasso do seu coração.