Tenho a mania, sou um doente pelo fado
Vou com ele a todo o lado
E se não vou, faço fita
Tenho a mania, ao ouvir uma guitarra
Canto o fado com tal garra
Que a malta delira e grita
Ah fadista... és a pantera do fado
Mostra lá como se canta
Todo rufia sempre a gingar
Ah fadista... grita o povo entusiasmado
Assim é que é ter garganta
Assim mesmo é que é cantar
É uma doença sem tratamento nem cura
Porque ninguém me segura
E já notam a minha falta
É uma doença que mata, mas faz viver
Cantar o fado e beber
Ouvindo as bocas da malta
Vivo para o fado, a minha ideia não muda
Este fadistice aguda
Está-me no sangue e não finda
Vivo p’ro fado... quero morrer a cantar
Ouvindo a malta gritar
Ah Tigre... ah boca linda